Até que ponto seremos nós influenciáveis? Quais são os factores que determinam os nossos comportamentos perante as situações que se nos deparam, sejam elas boas ou más?
Quando crianças, temos por exemplo aqueles que nos criam e que procuramos a todo o custo imitar, por forma de obtermos a sua aprovação. Mas o que determina a escolha da figura que vamos seguir? Porque somos mais tentados, desde pequenos e ainda com tão pouca informação, por uma das figuras da nossa vida?
E o que faz com que haja depois o desprender dessa imagem para começar a procurar peças nos restantes indivíduos com que nos vamos cruzando? Todos temos os nossos heróis, aqueles a quem admiramos e procuramos imitar. Claro que falo da minha experiência e daquela que, em princípio, será a de quem me é próximo pois, felizmente, não sofremos episódios que possam, de forma mais abrupta e traumática, delinear as nossas personalidades. Esses casos serão ainda mais complexos, em meu entender - que, verdade seja dita, é escasso nesta matéria.
Enquanto crianças, quantas vezes não ouvimos dizer ou dissemos mesmo "E se me atirar de um poço, também te atiras?".
Quando se dá a rotura? Ou, mais propriamente, como? O que nos faz começar a tomar-nos a nós em consideração? E como é que se estabelece a linha entre aquilo que os outros fzaem nos afceta e nos leva a copiá-los e a nossa própria individualidade e voz interior?
Não sei, não consigo dizer. as por vezes incomodam-me as atrocidades que muito boa gente comete por influências alheias e pergunto-me o que fez resvalar o balanço do discernimento para o lado - errado - do copycat. Mais assustador é pensar que todos - incluindo eu - estamos sujeitos a esse perigo.
Se não sabemos o que define os dois lados desta ténue linha, saberemos controlá-la?
Opiniões Aceitam-se.
E Não se esqueçam...
...Procura a Maravilha
A Lebre de Vatanen, Arto Paasilinna (Relógio d'Água)
Há 5 semanas