«Amo-te tanto.»
E subitamente, toda a vida fez sentido. Duas palavras, assim sussurradas no escuro, fizeram toda a adiferença.
«Amo-te tanto.»
E os bips dos aparelhos em volta como que se silenciaram para não pertubarem aquele momento de ternura genuína.
Suavemente, passava-lhe os dedos pelos cabelos, e o seu carinho acalmava-a e fazia-a sentir que estava tudo bem. Toda a incompreensão do sucedido se dissipava e, assim tranquilizada, podia deixar-se deslizar para um sono sem sonhos, de absoluto repouso, sabendo que acordaria no dia seguinte e que, novamente, aquela voz apaziguadora repetiria
«Amo-te Tanto.»
Procura a Maravilha <3
A Lebre de Vatanen, Arto Paasilinna (Relógio d'Água)
Há 5 semanas