sábado, 4 de setembro de 2010

Parte VII

Cheguei ao recinto do concerto apenas por volta das vinte e duas horas e meia, depois de meia hora perdida. Tinha aproveitado o final do dia para mimar o gatinho, deliciando-nos os dois com a brisa que passava, refastelados em almofadas, no varandim do quarto.

Como se tratava de um encontro de bandas de garagem, não esperava conhecer uma única. Foi o que se passou. Mesmo assim, gostei de duas delas, tanto pelas músicas, como pela presença em palco. Mais inesperado, mas absolutamente inesperado era o modo como toda aquela imensidão de jovens se dava, como se estivessem num festival nacional de grandes dimensões. Toda a gente se cumprimentava, todos se apresentavam, todos se queriam conhecer. Vários universitários recitavam cânticos de praxe que podiam ser respondidos por outros grupos de universitários, surgidos de todos os pontos cardeais. Havia cervejas em todas as mãos e, uma vez por outra, passavam jovens com garrafas com líquidos de tons duvidosos ou sacos prateados que continham litros de vinho barato.

Entre empurrões, berros e muita alegria, creio que apareço em algumas fotografias, ao lado de um monte de gente desconhecida. E há muito tempo que não me divertia tanto. Na saída do recinto, haviam sido instalados alguns cestos onde poderíamos dar a nossa contribuição para o lançamento e promoção destas bandas no mercado. A minha foi generosa.

Nessa noite dormi maravilhosamente, abraçada ao meu Porconi.

2 comentários:

  1. oh pah... não percebeste que a miuda tava sozinha??? O abafado so da com mais gajas à volta! E um barman a beber com elas xD e Um brinde a isso! ;)

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